segunda-feira, 17 de agosto de 2009

História do Petróleo

Quando falamos sobre petróleo, muitas pessoas têm a errônea impressão de que essa substância somente apareceu na história com o advento da Revolução Industrial. Contudo, desde a Antiguidade, temos relatos que nos contam sobre a existência desse material em algumas civilizações. Os egípcios utilizam esse material para embalsamar os seus mortos, já entre os povos pré-colombianos esse mesmo produto era prioneoramente empregado na pavimentação de estradas.

A palavra “petróleo” provem do latim “petra! e “oleum”, que em português significa “pedra de óleo”. A substância do petróleo preenche os espaços entre os grãos de areia na rocha e em cavidades no subsolo.

O uso do petróleo iniciou 4000 antes de Cristo, sendo batizado por vários nomes: nafta da Pérsia, óleo de são Quirino, betume, entre outros. Sacerdotes hebreus usavam o petróleo para acender fogueiras; era utilizado para embalsamar corpos, impermeabilizar construção e palácios, construir embarcações e para incendiar lanças de guerra.

Segundo relatos históricos, povos mais antigos da Mesopotâmia, Egito, Pérsia e Judéia dominavam o uso do petróleo que já era conhecido por aflorar na região do Oriente Médio. Segundo os cientistas evolucionistas seriam necessários 100 milhões de anos para que o petróleo se formasse na natureza, sendo uma substância de origem orgânica.

Os criacionistas debatem tal idéia, pois para eles o petróleo pode se formar num período mais curto. A “Argonne National Laboratories” comprovou que o carvão pode ser formado em 36 segundos, em condições naturais no meio ambiente.

O carvão surgiria de um pedaço de madeira e barro alcalino enterrados numa profundidade sem oxigênio a 150 °C. Em interpretações bíblicas, Noé teria utilizado betume (petróleo) na construção de sua arca. O petróleo consolidou-se como combustível moderno e gerador de matéria-prima com a invenção e fortalecimento das fábricas automotivas e da indústria de bens de consumo.

No Brasil, a existência do petróleo já era computada durante os tempos do regime imperial. Nessa época, o Marquês de Olinda cedeu o direito a José Barros de Pimentel de realizar a extração de betume nas margens do rio Marau, na Bahia. Até as primeiras décadas do século XX, alguns estudiosos e exploradores anônimos tentaram perfurar alguns poços de petróleo sem obter êxito. Contudo, em 1930, o engenheiro agrônomo Manoel Inácio de Basto mudou essa situação.

Com base no relato de populares, ele teva a informação de que os moradores de Lobato, bairro suburbano de Salvador, utilizavam uma "lama preta" como combustível de suas lamparinas. Instigado por tal noticia, realizou testes e experimentos que atestavam a existência de petróleo nessa localidade. Contudo, não possuía contatos influentes que poderiam investir em sua descoberta. Persistente, em 1932 conseguiu entregar ao presidente Getúlio Vargas um laudo técnico que atestava seu achado.

Nessa mesma década, a descoberta de importante riqueza foi cercada por uma série de medidas institucionais do governo brasileiro. Em 1938, a discussão sobre o uso e a exploração dos recursos do subsolo brasileiro viabilizou a criação do CNP - Conselho Nacional do Petróleo. Em suas primeiras ações, o conselho determinou várias diretrizes com respeito ao petróleo e determinou que as jazidas pertencessem a União. No ano seguinte, o primeiro poço de petróleo foi encontrado no bairro de Lobato.

Logo em seguida, novas prospecções governamentais saíram em busca de outros campos de petróleo ao longo do território brasileiro. No ano de 1941, o governo brasileiro anunciou o estabelecimento do campo de exploração petrolífera de Candeias, Bahia. Apesar das descobertas em pequena escala, o surgimento dessa nova riqueza incentivou, em 1953, a oficialização do monopólio estatal "Petróleo Brasileiro SA", mais conhecida como Petrobrás.

Na década de 1960, novas medidas ampliaram o grau de atuação da Petrobrás na economia brasileira. No ano de 1968, a empresa passou a desenvolver um projeto de extração iniciando a exploração de petróleo em águas profundas. Após as primeiras descobertas na cidade sergipana de Guaricema, outras prospecções ampliaram significativamente a prodição petrolífera brasileira. Em 1974, ocorreu a descoberta de poços na Bacia de Campos, a maior reserva de petróleo do país.

Com o passar do tempo, o Brasil se tornou uma das únicas nações a dominar a tecnolgia de exploração petrolífera em águas profundas e ultraprofundas. Em 1997, durante o governo do presidente Fernando Henrique Cardoso, uma lei aprovou a exitinção do monopólio estatal sobre a exploração petrolífera e permitiu que empresas do setor privado também pudessem competir nessa atividade. Tal medida visava ampliar as possibilidades de uso dessa riqueza.

Em 2003, a descoberta de outras bacias estabeleceu um novo período de atividade petrolífera no Brasil. A capacidade de produção de petróleo passou a suprir mais de 90% da demanda por essa fonte de energia e seus derivados no país. Em 2006, esse volume de produção atingiu patamares ainda mais elevados e conseguiu superar, pela primeira vez, o valor da demanda total da nossa economia. A conquista da autossuficiência permitiu o desenvolvimento da enconomia e o aumento das vagas de emprego.

No ano de 2007, o governo brasileiro anunciou a descoberta de um novo campo de exploração petrolífera na chamada camada pré-sal. Essas reservas de petróleo são encontradas a sete mil metros de profundidade e apresentam imensos poços de petróleo em excelente estado de conservação. Se as estimativas estiverem corretas, essa nova frente de exploração será capaz de dobrar o volume de produção de óleo e gás combustível do Brasil.

A descoberta do pré-sal ainda instiga várias indagações que somente serão respondidas na medida em que esse novo campo de exploração for devidamente conhecido. Até lá, espera-se que o governo brasileiro tenha condições de traçar as políticas que definam a exploração dessa nova fonte de energia. Enquanto isso, são várias as especulações sobre como a exploração da camada pré-sal poderá modificar a economia e a sociedade brasileira.


3 comentários:

  1. oi profª linda te adoooooooooooooooro voc é Mara

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  2. naum me serviu de nada essa bosta

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  3. PROFESSORA,ACHO QUE DEVERIAS ANEXAR TOPICO COM A TEORIA ABIOTICA (INORGANICA)DA GENESE DE HIROCARBONETOS.
    MEU E-MAIL
    jalmeida1@oi.com.br

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